Em meio à greve dos caminhoneiros, há postos de Cuiabá que conseguiram liberar a carga sob escolta e vender combustível aos clientes. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), alguns que já estavam sem estoque reabasteceram reservatórios e têm grandes filas de veículos, principalmente as grandes redes. Muitos postos estão fechados por falta de produto.
Uma decisão judicial assegurou à Prefeitura de Cuiabá o direito de buscar combustível no Distrito Industrial para manter serviços essenciais, como ambulâncias, coleta de lixo, limpeza urbana, ônibus escolares e transporte público.
O LIVRE está fazendo uma campanha no Facebook para ajudar os motoristas a encontrarem postos onde há combustível para abastecer. Quem souber de locais pode ajudar comentando na postagem.
Segundo o Sindipetróleo, os donos de postos estão amargando prejuízos incalculáveis mas, de certa forma, apoiam o movimento, em função dos altos impostos sobre os combustíveis no Brasil.
Preços abusivos
Circulam nas redes sociais supostas imagens de preços abusivos em postos da Grande Cuiabá. O Sindipetróleo alertou os consumidores a denunciar esse tipo de prática à Agência Nacional do Petróleo (0800 970 0267) e ao Procon (3613-8500 e 151).
“É importante que o consumidor apresente a nota fiscal para que a denúncia contenha corretamente os dados da empresa que supostamente aumentou o preço de forma abusiva”, diz nota da ANP, que está fiscalizando postos em todo o país em parceria com o Procon.
A agência afirmou ainda que essa fiscalização tem caráter extraordinário, para proteger o consumidor. “A ANP reforça que os preços são livres e as medidas não têm o objetivo de interferir na liberdade do mercado para definir os preços, como estabelecido em lei”, diz outro trecho da nota.
Uma semana de greve
A greve de caminhoneiros teve início na segunda-feira passada (21) e provocou desabastecimento em postos de combustível de todo o Estado. Dentre as reivindicações dos caminhoneiros, estão a fixação de um preço mínimo para frete nacional, o corte total do imposto PIS/CONFINS sobre o diesel e a gasolina, a redução dos pedágios e melhores condições das estradas.