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Agronegócio sustenta PIB brasileiro, mas gera menos emprego

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Agronegócio sustenta PIB brasileiro, mas gera menos emprego

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Agronegócio impulsionou o PIB brasileiro neste ano, mas gerou menos emprego

A sustentação do PIB Brasileiro nos primeiros sete meses do ano foi possível, novamente, pelo agronegócio, conforme indicam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) , da Esalq/USP.

A safra recorde no campo estimulou a atividade também de outros segmentos, impactando no crescimento de 5,81% no PIB-volume do agronegócio na avaliação de janeiro a julho de 2017.

O desempenho positivo da agropecuária amenizou o efeito das retrações da indústria e dos serviços sobre o PIB nacional. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro teve ligeiro recuo 0,04% na comparação do primeiro semestre de 2016 com o mesmo período deste ano – queda que seria bastante superior não fossem os resultados da agricultura, destaca o Cepea. 

Apesar do aumento na produção no agronegócio, sobretudo na agropecuária, não houve aumento de empregos no setor. Ao contrário, no primeiro semestre de 2017, houve queda de 3,1% – cerca de 580 mil pessoas – no total de ocupações.

As principais reduções ocorreram na própria agropecuária e para trabalhadores atuando por conta própria e com baixa escolaridade. Ao mesmo tempo, e como um resultado desse movimento, os rendimentos do trabalho campo tiveram ganho real na comparação entre semestres.

Em relação as exportações, o faturamento do agronegócio em dólares aumentou 6% se comparado com o primeiro semestre de 2016. Porém, na mesma comparação, o Índice da Taxa de Câmbio Efetiva Real do Agronegócio retraiu 17,8% e, em termos de volume, a maioria dos produtos apresentou redução nos embarques.

Nesse cenário, o faturamento do setor em Reais recuou cerca de 9%. São exceções no que diz respeito à redução de volume embarcado: soja em grão, óleo de soja, frutas, celulose, açúcar e madeira. A soja em grão foi o destaque dos embarques do semestre, com o valor em dólar de suas vendas para o exterior representando mais de 33% do faturamento do setor no período.

O levantamento do Cepea destaca ainda o aumento dos gastos com defensivos agrícolas nas últimas dez safras na principais regiões produtoras do país.

Além do encarecimento dos inseticidas e fungicidas no período, o seu maior uso também foi responsável pelo aumento do custo, diante de pressões como o aparecimento da lagarta Helicoverpa sp, ataques de percevejos e aparecimento de ferrugem asiática, como consequência do El Niño.

(Com assessoria)

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