A Polícia Civil registrou na quarta-feira (20) mais um caso de ameaça de ataque a uma escola da rede estadual. Este é o quarto em menos de uma semana. Desta vez, conforme a delegada Anaíde Barros, um grupo de adolescentes planejava jogar bombas em salas de aula.
A unidade de ensino, cujo nome não foi divulgado, fica no bairro Tijucal e a primeira de Cuiabá a ser alvo de ameaças. A exemplo de outros casos já registrados, os adolescentes discutiam o suposto ataque por meio do aplicativo WhatsApp.
A intenção deles, segundo a delegada, era distrair o professor para que o explosivo pudesse ser lançado. “Iam soltar as bombas dentro das salas de aula, com os alunos dentro, para ferir mesmo”, disse, pontuando que a polícia já tem cópia das mensagens trocadas.
Conforme Anaide Barros, todos os adolescentes já foram identificados e seus responsáveis serão chamados para prestar esclarecimentos. Ela avalia que até o fim da semana o caso deve ser encerrado pela Polícia Civil e encaminhado à Promotoria de Defesa da Infância e Juventude, do Ministério Público Estadual (MP).
Quatro em uma semana
Os primeiros registros de ameaças a escolas em Mato Grosso ocorreram no início da semana. Na segunda-feira (18), um adolescente de 17 anos foi ouvido em Cáceres (220 km de Cuiabá) e uma jovem, de 19 anos, depôs em Várzea Grande (Região Metropolitana).
O rapaz foi o responsável por criar um grupo de WhatsApp com 18 membros, entre eles 14 estudantes, no qual surgiram ameaças à Escola Estadual União e Força. No depoimento, ele se disse arrependido.
Já a garota é suspeita de ter enviado áudios em um grupo chamado “Massacre MT”. Nas mensagens, ela dizia que comandaria um ataque às escolas estaduais Jaime Veríssimo de Campos Júnior e Marlene Marques, ambas em Várzea Grande.
Na terça-feira (19), um jovem de 18 anos foi preso pela Polícia Militar também sob a acusação de fazer ameaças via mensagens de áudio. O alvo do ataque seria a Escola Estadual Honório Rodrigues de Amorim, localizada no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
Na manhã do dia seguinte – quarta-feira (21) –, a diretora da mesma unidade de ensino registrou boletim de ocorrência por conta de uma bomba de efeito sonoro jogada no pátio da escola. Nenhum aluno ficou ferido e não houve dano ao patrimônio.