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A dois dias do prazo, governo assina convênio para equipar o novo Pronto-Socorro

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A dois dias do prazo, governo assina convênio para equipar o novo Pronto-Socorro
Foto: Christiano Antonucci/GCom

A dois dias para o fim do prazo legal fixado pela legislação eleitoral, o governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá assinaram convênio para o repasse de verbas a fim de equipar o novo Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá. O acordo foi firmado no canteiro de obras da unidade médica, localizado no Bairro Ribeirão do Lipa, na noite desta quinta-feira (5).

O cenário do ato foi escolhido para “acalmar os ânimos” daqueles que tanto cobram a nova unidade médica, segundo o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. A declaração se refere ao imbróglio criado nos últimos meses, quando a bancada federal de Mato Grosso, que destinou R$ 82 milhões para a compra de equipamentos do novo Pronto-Socorro, intensificou as cobranças e passou a tecer duras críticas questionando as ações de Emanuel e do governador Pedro Taques.

“Muita gente torceu para dar errado. Quanta bobagem a gente ouviu”, Emanuel aproveitou para observar, durante seu discurso. No entanto, ele, que tem sido o principal alvo das alfinetadas, fez questão de agradecer aos políticos da bancada federal pela destinação da emenda e salientou que, graças ao empenho dos envolvidos no processo, o novo Pronto-Socorro será a maior obra pública do estado nos últimos 50 anos.

Por sua vez, Taques também mencionou os ataques referentes ao novo Pronto-Socorro e, em discurso batido, tornou a comparar a situação com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). “Nós queríamos fazer a licitação”, comentou, mencionando o secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares. No entanto, observou que, sem a obra física entregue, os equipamentos se tornariam os vagões do VLT, que foram comprados há anos, mas estão longe de serem utilizados.

De acordo com o governo, após três anos de construção, a estrutura do local ainda está em 72%. Ainda assim, o prefeito garantiu que a obra será entregue no dia do tricentenário da capital, em 8 de abril de 2019 (terceira data divulgada para a inauguração). No entanto, Emanuel afirmou que não há a possibilidade de um novo atraso. Isso porque a obra está prevista para ser entregue pela construtora em janeiro.

“Digo sem medo de errar: em janeiro de 2019 receberemos oficialmente a obra física do novo Hospital e Pronto-Socorro da Capital, e no dia 8 de abril, prazo suficiente para que todo o processo licitatório seja consolidado, todos os materiais, equipamentos, medicamentos, informática, de curto, médio e longo prazo de entrega já estarão entregues e equipados; entregaremos a maior obra da saúde pública do estado de Mato Grosso dos últimos 50 anos”, afirmou o prefeito.

Depois das falas, os políticos assinaram uma portaria que determina a transferência de recursos por meio de um termo. Ali também assinaram a abertura de um pregão eletrônico para a aquisição dos equipamentos. Por terem sido necessários mais de 11 mil itens, os objetos foram distribuídos em lotes, que já estão em processo licitatório.

“Graças a Deus fechamos esse processo. É uma realização pessoal estar dando esse passo importante para consolidar a entrega e dar equipado o espaço 100% pronto no aniversário dos 300 anos. É mais uma realização como cidadão e prefeito, de poder estar fazendo isso por Cuiabá junto com o governador e a bancada federal. Mas o processo não para agora”, finalizou o prefeito.

Na ocasião, também estiveram presentes o senador Wellington Fagundes, o deputado federal Valtenir Pereira, deputados estaduais Max Russi e Dr. Leonardo, vereadores e secretários municipais.

Novo Pronto-Socorro
A unidade começou a ser construída na gestão do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ainda em 2015, e tinha o planejamento de custo inicial de R$ 76 milhões. No entanto, essa conta já está em R$ 91 milhões.

No local, que tem mais de 21 mil m², serão instalados 315 leitos, dos quais 40 serão Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos, crianças, cirurgias coronarianas e semi-intensivas. A unidade também irá contar com seis centros cirúrgicos e deverá atender a 45% da população mato-grossense.

Uma das principais polêmicas dos últimos meses, os equipamentos da unidade serão divididos entre locação e aquisição. A discussão se deu em razão da verba destinada para a compra de equipamentos. No entanto, o prefeito já informou que deverá manter a estrutura do Pronto Socorro Municipal, que também aluga equipamentos.

A principal justificativa apresentada pelo prefeito é quanto ao custo de possíveis manutenções e a burocracia por trás das aquisições. Dessa forma, no local, deverão ser terceirizados os serviços de lavanderia, nutrição, radiologia e o laboratório de análises. Ao todo, a terceirização deverá custar, anualmente, R$ 17,8 milhões.

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